Conforme aponta o tributarista Leonardo Manzan, a consultoria em tributação internacional tem se tornado cada vez mais essencial para empresas e indivíduos que mantêm atividades econômicas além das fronteiras nacionais. Por isso, compreender os tratados para evitar a dupla tributação e as regras específicas para residentes e não residentes é fundamental para garantir conformidade legal e otimização fiscal.
Neste artigo, abordamos os principais pontos que envolvem a tributação internacional com foco na atuação de consultores especializados na área. Veja mais, a seguir!
Quais são os principais tratados para evitar a dupla tributação?
Os tratados para evitar a dupla tributação (DTTs, na sigla em inglês) são acordos internacionais firmados entre dois países com o objetivo de prevenir que uma mesma renda seja tributada por ambos. Esses tratados definem regras claras sobre qual país tem o direito de tributar determinado tipo de rendimento, como lucros empresariais, dividendos, juros e royalties. De acordo com Leonardo Manzan, a correta interpretação desses tratados é essencial para evitar autuações fiscais e reduzir a carga tributária de forma legal.
Além de promover segurança jurídica para investidores internacionais, os tratados incentivam o fluxo de capital entre os países signatários. É importante destacar que o Brasil possui acordos com diversas nações, entre elas Portugal, Japão, França e Argentina. Cada tratado possui especificidades e deve ser analisado individualmente por profissionais especializados, de modo a garantir sua correta aplicação de acordo com o tipo de atividade econômica exercida e o local de geração da receita.
Como funciona a tributação de residentes no exterior?
A tributação de residentes no exterior segue regras específicas que variam conforme a legislação do país de origem e os tratados firmados. Quando um contribuinte brasileiro passa a ser considerado residente fiscal em outro país, ele pode deixar de ser tributado no Brasil sobre sua renda mundial. Contudo, é necessário formalizar a saída definitiva do país junto à Receita Federal. Como explica Leonardo Manzan, a ausência dessa formalização pode gerar obrigações fiscais mesmo após a mudança de residência.

Ao se tornar residente fiscal em outro país, o contribuinte deve observar as regras locais e os tratados de bitributação que possam existir entre o novo país e o Brasil. Tais acordos podem permitir a compensação de tributos pagos no exterior, reduzindo o impacto da carga tributária total. A assessoria tributária se torna crucial neste momento, pois auxilia na análise comparativa da legislação e na escolha da estrutura mais vantajosa do ponto de vista fiscal e legal.
Quais são as regras para tributação de não residentes no Brasil?
Os não residentes no Brasil — ou seja, pessoas físicas ou jurídicas sem domicílio ou residência fiscal no país — são tributados apenas sobre os rendimentos de fonte brasileira. Isso inclui ganhos com aluguéis, serviços prestados, investimentos e lucros de empresas brasileiras. Segundo Leonardo Manzan, esses rendimentos estão sujeitos à retenção de imposto na fonte, com alíquotas que variam conforme o tipo de receita e a existência de tratados internacionais aplicáveis.
A legislação brasileira impõe alíquotas fixas para não residentes, que podem chegar a 25% sobre certos tipos de rendimento. No entanto, se houver um tratado para evitar a dupla tributação com o país de residência do contribuinte, essa alíquota pode ser reduzida ou até mesmo isenta. Por isso, é fundamental que as empresas brasileiras que contratam estrangeiros estejam cientes dessas regras, evitando riscos fiscais e penalidades decorrentes de retenções indevidas ou omissões de tributos.
Conclusão
Em suma, a consultoria em tributação internacional é uma ferramenta estratégica para empresas e indivíduos com operações transnacionais. Ela permite reduzir custos, evitar conflitos com autoridades fiscais e garantir a correta aplicação dos tratados internacionais. Conforme destaca Leonardo Manzan, o planejamento tributário internacional deve ser realizado de forma preventiva, com base em uma análise detalhada dos tratados e legislações envolvidas. Estar bem assessorado é um diferencial competitivo no cenário global atual.
Autor: Hopo Costa