LGPD e o empresário moderno: adequação simples, segura e eficiente

By Hopo Costa 5 Min Read
Guilherme Guitte Concato explica como a LGPD pode ser uma aliada estratégica na construção de confiança e credibilidade empresarial.

LGPD e o empresário moderno caminham lado a lado quando o objetivo é proteger dados, reduzir riscos e fortalecer a confiança do cliente. Segundo Guilherme Guitte Concato, adequar a empresa à Lei Geral de Proteção de Dados não precisa ser um labirinto jurídico: com método, linguagem clara e foco no essencial, o processo se torna previsível e mensurável. A partir de um diagnóstico objetivo, é possível priorizar o que realmente importa, alinhar tecnologia e processos e traduzir exigências legais em rotinas operacionais. 

Assim, a conformidade deixa de ser custo e passa a ser vantagem competitiva, sustentando reputação e desempenho. Desvende tudo sobre essa temática na leitura a seguir:

LGPD e o empresário moderno: diagnóstico prático e mapeamento do ciclo de dados

O ponto de partida é mapear o ciclo de vida dos dados: coleta, base legal, uso, compartilhamento, armazenamento e descarte. Esse mapeamento identifica dados pessoais e sensíveis, classifica riscos e revela redundâncias que elevam custos sem gerar valor. Em seguida, define-se a base legal apropriada para cada operação — consentimento, execução contratual, obrigação legal ou legítimo interesse — com registros que mostrem a compatibilidade entre finalidade e necessidade. 

A etapa seguinte transforma o diagnóstico em um plano de ação com prazos, responsáveis e indicadores. Políticas de privacidade, termos de uso e avisos de cookies são redigidos em linguagem cidadã, priorizando objetivos, direitos e formas de contato. Procedimentos de atendimento ao titular detalham prazos para confirmação, acesso, correção, portabilidade e eliminação. De acordo com Guilherme Guitte Concato, integrar jurídico, tecnologia e atendimento evita retrabalho, pois cada solicitação segue trilhas claras e auditáveis. 

Governança, segurança da informação e cultura

A governança cria cadência. Nomeia-se um encarregado de dados (DPO), define-se um comitê de privacidade e estabelecem-se alçadas de decisão. Políticas internas tratam de classificação da informação, controle de acessos, retenção de documentos e BYOD. Conforme expõe Guilherme Guitte Concato, a combinação entre governança e medidas técnicas reduz a probabilidade de incidentes e acelera respostas, o que é crucial para preservar confiança e continuidade operacional.

Adequar-se à LGPD é mais do que cumprir regras — é proteger dados, reputação e futuro, orienta Guilherme Guitte Concato.
Adequar-se à LGPD é mais do que cumprir regras — é proteger dados, reputação e futuro, orienta Guilherme Guitte Concato.

No campo da cultura, treinamentos curtos e recorrentes valem mais do que manuais extensos e esquecidos. Cada área recebe exemplos práticos: vendas aprende a coletar apenas o necessário; marketing revisa bases de leads e cria rotinas de opt-in e opt-out; RH ajusta formulários, prazos e sigilo. Simultaneamente, contratos com fornecedores passam a exigir cláusulas de privacidade, subcontratação responsável e evidências de segurança. Auditorias amostrais validam as práticas e alimentam um ciclo de melhoria contínua. 

Incidentes, avaliações de impacto e comunicação

Mesmo com controles robustos, incidentes podem ocorrer. Por isso, o plano de resposta define papéis, gatilhos e prazos: conter, investigar, registrar, comunicar e corrigir. Testes de mesa simulam cenários de vazamento, acesso indevido ou perda de disponibilidade, garantindo que a equipe reaja com precisão e serenidade. Paralelamente, avaliações de impacto à proteção de dados (DPIA) são aplicadas a projetos de maior risco, documentando premissas, mitigadores e evidências de proporcionalidade. 

Além disso, relatórios executivos acompanham métricas-chave: número de solicitações de titulares, tempo médio de atendimento, incidentes por causa-raiz, campanhas de treinamento e auditorias concluídas. Na visão de Guilherme Guitte Concato, dashboards claros permitem ajustar rotas antes que problemas escalem, conectando privacidade à estratégia de negócios. A comunicação externa também importa: sites e aplicativos exibem políticas objetivas, canais de contato e revisões datadas. 

LGPD e o empresário moderno em um roteiro sem complicação

Em síntese, a LGPD e o empresário moderno convergem quando a empresa traduz lei em processo, processo em rotina e rotina em resultado. O caminho sem complicação começa pelo mapeamento do ciclo de dados, avança para um plano de ação com responsabilidades definidas e se consolida em governança, segurança e cultura. Como ressalta Guilherme Guitte Concato, a conformidade não é um fim em si: é meio para fortalecer confiança, reduzir passivos e destravar oportunidades digitais. 

Autor: Hopo Costa

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