Por que gastar dinheiro vivo parece que dói mais?

By Hopo Costa 4 Min Read
Lucio Fernandes Winck

O CEO Lucio Winck explica que a forma como realizamos pagamentos influencia diretamente nossa percepção de valor e controle financeiro. Estudos mostram que gastar dinheiro em espécie ativa áreas do cérebro associadas à dor, tornando a experiência mais impactante emocionalmente. Já os pagamentos digitais ou parcelados reduzem essa sensação, incentivando compras impulsivas.

Essa diferença ocorre porque o dinheiro físico é um recurso tangível, visivelmente reduzido a cada transação. Quando usamos cartões ou pagamentos digitais, essa percepção se atenua, pois a perda financeira não é imediatamente percebida. Esse efeito pode influenciar o comportamento do consumidor e impactar hábitos de consumo no longo prazo, gerando várias compras parceladas e fora de controle.

Por que pagar em dinheiro causa mais desconforto?

O CEO Lucio Winck destaca que o vínculo psicológico com o dinheiro físico é um fator importante. A cada nota entregue, o consumidor percebe a redução do recurso de forma direta, sentindo a consequência imediata da compra. Isso gera maior consciência financeira e pode levar a escolhas mais estratégicas no momento do consumo. Em aplicativos de bancos e carteiras digitais, o dinheiro parece apenas mais um número na tela.

Cartões e pagamentos digitais estimulam o consumo?

A facilidade dos pagamentos eletrônicos reduz a percepção de perda financeira, incentivando compras mais frequentes e de maior valor. Sem a barreira psicológica do dinheiro físico, consumidores tendem a gastar mais do que planejavam. O parcelamento, em especial, dilui o impacto da compra, criando a ilusão de que o custo é menor, explica o CEO Lucio WInck.

Lucio Fernandes Winck
Lucio Fernandes Winck

Além disso, os programas de recompensa e cashback reforçam esse comportamento ao tornarem os pagamentos digitais mais atraentes. A experiência de pagar sem sentir a perda imediata pode levar ao consumo descontrolado, dificultando o planejamento financeiro e aumentando o endividamento, o que acaba sendo um tiro no pé de quem acha que não está gastando por estar utilizando um “dinheiro digital”.

De acordo com o CEO Lucio Winck, muitas empresas e comércios acabam vendo vantagem nessa nova onda de gastos impulsivos, criando anúncios com apelos e gatilhos financeiros, ressaltando a variedade de formas de pagamento e oferecendo parcelamento sem juros, por exemplo. É importante que o consumidor fique atento, para não comprar produtos de forma arbitrária e acabar entrando em uma bola de neve de dívidas.

O efeito psicológico das transações financeiras pode ser controlado?

Compreender como diferentes formas de pagamento afetam o comportamento financeiro é essencial para tomar decisões mais conscientes. Criar o hábito de simular o impacto da compra antes de realizá-la pode ajudar a reduzir gastos impulsivos. Estratégias como definir limites de uso para cartões e priorizar pagamentos à vista aumentam o controle sobre o orçamento.

O CEO Lucio Winck aponta que manter registros detalhados das despesas também contribui para maior clareza financeira. Aplicativos de gestão de gastos e planejamento orçamentário auxiliam na criação de uma relação mais equilibrada com o dinheiro, reduzindo os efeitos negativos das facilidades do pagamento digital e desenvolvendo maior consciência financeira.

Reeducação financeira: um caminho para o equilíbrio

O dinheiro físico gera maior consciência de gasto, enquanto pagamentos digitais favorecem o consumo imediato. O CEO Lucio Winck conclui que identificar esses padrões é fundamental para desenvolver um comportamento financeiro mais saudável, minimizar os riscos do descontrole financeiro e encontrar um equilíbrio entre conveniência e planejamento, aproveitando as vantagens dos pagamentos digitais sem comprometer a estabilidade econômica.

Autor: Hopo Costa

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