O líquido amniótico em excesso ou em falta pode sinalizar condições que merecem atenção imediata durante a gestação. Segundo a Dra. Thaline Neves, essa substância que envolve o feto funciona como um amortecedor natural, regula a temperatura e contribui para o desenvolvimento pulmonar e neuromuscular do bebê. Desse modo, saber reconhecer alterações em seu volume é determinante para diminuir complicações.
Pensando nisso, este artigo explica o que provoca essas variações, quais riscos estão envolvidos e como a medicina fetal atua para proteger a mãe e o feto. Então, continue a leitura e entenda como identificar sinais precoces, buscar ajuda e garantir uma gestação mais segura!
O que é líquido amniótico e por que ele importa?
O líquido amniótico é produzido inicialmente pela mãe e, depois, também pelos rins do feto. Ele começa a se formar logo nas primeiras semanas e atinge sua maior concentração por volta da 34ª semana. Isto posto, a quantidade normal varia de acordo com a idade gestacional, sendo avaliada por meio do Índice de Líquido Amniótico (ILA) ou da medida do maior bolsão no exame de ultrassonografia.
De acordo com Thaline Neves, médica proprietária da Clínica View, além de servir de almofada, o líquido permite que o feto se movimente, prevenindo deformidades ortopédicas, e ajuda no amadurecimento pulmonar ao ser inalado e expelido pelos pulmões em formação. Tendo isso em vista, qualquer alteração significativa, seja em excesso (polidrâmnio) ou escassez (oligoidrâmnio), exige investigação, pois pode indicar problemas maternos ou fetais.
Quais são as causas do excesso de líquido amniótico?
Várias condições podem levar ao polidrâmnio, conforme comenta a Dra. Thaline Neves. O volume acima do esperado costuma estar relacionado a diabetes gestacional, incompatibilidades sanguíneas, infecções congênitas ou malformações fetais que dificultam a deglutição do líquido.

Em alguns casos, o aumento ocorre de forma gradativa e assintomática; em outros, desencadeia desconforto abdominal, contrações uterinas precoces e dificuldade respiratória materna. Por fim, uma avaliação minuciosa permite identificar a causa e direcionar o tratamento, que pode incluir controle glicêmico rigoroso, amniocentese terapêutica para reduzir o líquido ou medicação para inibir as contrações.
As consequências de ter pouco líquido amniótico
Como informa Thaline Neves, o oligoidrâmnio costuma surgir no terceiro trimestre, podendo estar ligado a hipertensão materna, ruptura prematura de membranas, restrição de crescimento intrauterino ou disfunção placentária. Isto posto, menos líquido significa menos espaço para o feto se mover, aumentando o risco de compressão do cordão umbilical e problemas musculoesqueléticos.
Logo, quando identificado cedo, o oligoidrâmnio requer monitoramento frequente, hidratação materna otimizada e, em situações graves, a amnioinfusão: procedimento no qual soro fisiológico é injetado na cavidade amniótica para elevar o volume e reduzir riscos durante o parto.
Como a medicina fetal intervém em cada cenário?
Segundo a Dra. Thaline Neves, o acompanhamento especializado começa com exames de imagem de alta resolução, capazes de detectar alterações sutis no volume do líquido e possíveis malformações associadas. Assim sendo, ultrassonografias seriadas, perfil biofísico fetal e dopplerfluxometria avaliam o bem-estar do bebê e guiam a decisão terapêutica.
Logo, quando o polidrâmnio ameaça desencadear parto prematuro, podem ser realizado esvaziamento parcial do líquido, sempre em ambiente hospitalar. Já no oligoidrâmnio, além da amnioinfusão, orienta-se repouso relativo e suplementação materna de fluidos. Inclusive, em ambos os casos, a equipe multidisciplinar define o momento ideal para o parto, equilibrando maturidade fetal e segurança materna.
A importância de conferir o volume do líquido amniótico
Em suma, o volume do líquido amniótico é um termômetro fundamental da saúde intrauterina. Já que seu excesso pode indicar diabetes gestacional ou malformações, enquanto sua falta sugere ruptura de membranas, hipertensão ou restrição de crescimento fetal.
Dessa forma, a medicina fetal dispõe de exames avançados, como doppler e amnioinfusão, para monitorar e corrigir essas condições. Assim sendo, conforme ressalta Thaline Neves, médica proprietária da Clínica View, a atenção ao pré-natal, bons hábitos e vigilância constante são decisivos para garantir um parto seguro e reduzir complicações.
Autor: Hopo Costa