Responsabilidade tributária na recuperação judicial: Confira o que todo empresário precisa entender

By Hopo Costa 6 Min Read
Rodrigo Gonçalves Pimentel esclarece como funciona a responsabilidade tributária durante a recuperação judicial e seus impactos na gestão.

Como pontua o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel, sócio do escritório Pimentel & Mochi Advogados Associados, a recuperação judicial é uma alternativa jurídica essencial para empresas em crise, mas um dos pontos que mais gera dúvida é o tratamento dos débitos fiscais. Muitos empresários acreditam que ao ingressar com o pedido de recuperação, todas as dívidas são automaticamente suspensas. 

Contudo, o tratamento dos tributos segue regras próprias e requer atenção estratégica. Dessa maneira, compreender a relação entre recuperação judicial e responsabilidade tributária é determinante para a continuidade das atividades e o planejamento financeiro da empresa. Ao longo deste artigo, veremos como funciona a responsabilidade tributária nesse contexto e quais são as alternativas legais para regularização dos débitos fiscais.

Recuperação judicial e responsabilidade tributária: como os débitos fiscais são tratados?

A Lei nº 11.101/2005, que regula a recuperação judicial, estabelece que as dívidas tributárias não são automaticamente incluídas no plano de recuperação. De acordo com o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel, isso significa que, enquanto os credores privados têm suas cobranças suspensas, o Fisco mantém o direito de cobrar seus créditos. Esse ponto é crucial, pois uma empresa em crise pode até renegociar dívidas bancárias, mas continuará obrigada a cumprir com suas obrigações fiscais.

Entenda com Rodrigo Gonçalves Pimentel quais cuidados fiscais são essenciais para garantir segurança jurídica no processo de recuperação judicial.
Entenda com Rodrigo Gonçalves Pimentel quais cuidados fiscais são essenciais para garantir segurança jurídica no processo de recuperação judicial.

Todavia, a legislação evoluiu para permitir instrumentos de negociação específicos, como o parcelamento de tributos federais, estaduais e municipais. Esse mecanismo é essencial para viabilizar o cumprimento do plano de recuperação e restabelecer a regularidade fiscal, permitindo que a empresa volte a emitir certidões negativas e participe de licitações, por exemplo.

Assim sendo, a empresa deve alinhar o plano econômico com o planejamento tributário, buscando meios de parcelar e reduzir encargos sem comprometer o fluxo de caixa. Tendo isso em vista, o acompanhamento jurídico especializado torna-se indispensável nesse processo, evitando que a falta de regularidade fiscal leve à inviabilidade da recuperação, conforme frisa o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel.

Quais são as possibilidades de parcelamento na recuperação judicial?

Segundo o Dr. Lucas Gomes Mochi, também sócio do escritório, o parcelamento é uma das principais ferramentas para tratar a responsabilidade tributária na recuperação judicial, especialmente porque evita que o empresário acumule novas autuações fiscais. Entre as principais alternativas de regularização, destacam-se:

  • Parcelamento federal pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN): permite a inclusão de débitos inscritos em dívida ativa, com descontos sobre juros e multas, além de prazos estendidos.
  • Negociação direta com Estados e Municípios: algumas administrações oferecem programas de parcelamento ou anistia fiscal voltados a empresas em recuperação.
  • Transação tributária: instrumento que possibilita acordos individualizados entre o contribuinte e o Fisco, considerando a capacidade de pagamento e o interesse público na preservação da atividade econômica.
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Rodrigo Gonçalves Pimentel explica a diferença entre Ato Cooperado e Ato de Mercado e sua importância na Recuperação Judicial. RodrigoGonçalvesPimentel QuemERodrigoGonçalvesPimentel OqueAconteceuComRodrigoGonçalvesPimentel RodrigoPimentel DrRodrigoGonçalvesPimentel DoutorRodrigoGonçalvesPimentel SócioDiretorRodrigoGonçalvesPimentel TudoSobreRodrigoGonçalvesPimentel PimentelMochiAdvogadosAssociados PimenteleMochi PimenteleMochiAdvogadosAssociados PimenteleMochi LucasGomesMochi OqueAconteceuComLucasGomesMochi QuemELucasGomesMochi

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Esses mecanismos são fundamentais para que o empresário mantenha o equilíbrio financeiro durante o cumprimento do plano. Contudo, cada modalidade possui requisitos e prazos próprios, o que reforça a importância da assessoria técnica na escolha da melhor estratégia.

Quais são os riscos de ignorar as obrigações tributárias durante o processo?

Ignorar as obrigações fiscais é um dos erros mais graves em uma recuperação judicial. Como informa o Dr. Lucas Gomes Mochi, a empresa que deixa de tratar adequadamente sua responsabilidade tributária corre o risco de ver seu plano inviabilizado, pois o descumprimento de obrigações fiscais pode motivar o indeferimento da recuperação ou até a convolação em falência.

Desse modo, a postura proativa na negociação com o Fisco demonstra boa-fé e compromisso com a sustentabilidade do negócio, de acordo com o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel. Além disso, a gestão tributária preventiva evita bloqueios judiciais e facilita a manutenção de linhas de crédito, especialmente em setores que dependem de financiamentos para operar. No final, na realidade de muitos empresários, essa atenção se traduz na diferença entre a reestruturação e a perda do negócio.

Planejamento tributário: um pilar da recuperação sustentável

Em última análise, o tratamento dos débitos fiscais dentro da recuperação judicial exige visão estratégica e responsabilidade empresarial. Assim sendo o êxito desse processo está diretamente ligado à capacidade da empresa em planejar e executar medidas de regularização tributária de forma coordenada com o plano econômico. Portanto, a recuperação judicial e a responsabilidade tributária caminham lado a lado quando o objetivo é garantir segurança jurídica e restabelecer a confiança do mercado.

Autor: Hopo Costa

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